Quando vai acabar a obrigatoriedade do uso de máscara no Brasil? Especialistas respondem

Estados Unidos chegaram a anunciar do uso de máscaras, mas algumas regiões norte-americanas precisaram recuar pelo avanço da variante Delta

Em meio ao avanço da vacinação contra a Covid-19 no Brasil, Estados e municípios começam a relaxar medidas sanitárias, com o fim da restrição de horário do comércio, a retomada de jogos com torcida e os eventos-teste. Ao mesmo tempo, outros países já permitem a entrada de brasileiros imunizados sem a necessidade de quarentena e a realização de festas com grande presença de público. Nesse caminho, no entanto, um assunto tem dividido especialistas e se tornado um desafio para as nações: a obrigatoriedade do uso de máscaras. Os Estados Unidos chegaram a anunciar o fim do item de proteção, mas algumas regiões norte-americanas precisaram voltar atrás e retomar a exigência após um aumento de casos da doença em função da variante Delta, considerada mais transmissível. Nesse sentido, é possível falar em suspensão do uso de máscaras ainda em 2021? Com pouco mais de 36% da população imunizada com duas doses da vacina, o Brasil já pode planejar uma flexibilização?

Na visão do diretor da Sociedade Paulista de Infectologia (SPI), Evaldo Stanislau, o Brasil, assim como outros países com situação epidemiológica semelhante, sequer deveria cogitar o fim do uso de máscaras neste momento, especialmente em lugares fechados. Segundo o infectologista, embora os índices de casos da Covid-19 e de mortes em decorrência da doença estejam em um ritmo de desaceleração no país, a pandemia ainda não acabou e os protocolos sanitários devem seguir em vigor. “É completamente equivocado, é uma temeridade o Ministério da Saúde, o ministro falando em qualquer estudo de retirada de máscara. Falta bom senso nessa fala, porque mesmo pessoas vacinadas podem se infectar, eventualmente adoecerem e podem transmitir o vírus. Então, devemos continuar falando do uso de máscaras sobretudo nos ambientes fechados e nos abertos com aglomeração.”


Fonte: Jovem Pan

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