Queiroga discute com autoridades de SP formas de barrar a variante indiana do coronavírus

Portaria recém-editada proíbe a entrada de estrangeiros com origem ou passagem pela Índia, Reino Unido, Irlanda do Norte e África do Sul

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, se reuniu com o secretário de Saúde da cidade de São Paulo, Edson Aparecido, com o prefeito de Guarulhos, Gustavo Henric Costa, e com técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), na manhã deste sábado, 22, para discutir estratégias que evitem a propagação da variante indiana da Covid-19 e de novas cepas que venham a surgir. A mutação indiada foi detectada após uma embarcação vinda da Ásia chegar em São Luís, no Maranhão. Os testes confirmaram a variante em seis amostras coletadas em tripulantes. Boa parte dos exames é de pessoas que trabalham no hospital onde um dos infectados está internado. Nas redes sociais, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), disse que não há transmissão local da doença, e que os três portos do Estado não vão ser fechados.

No entanto, por ser a principal porta de entrada de viajantes de todo o mundo, o aeroporto de Guarulhos e, consequentemente, a cidade de São Paulo são focos de preocupação quanto à disseminação do vírus e mutações que possam ocorrer. Por isso, o ministro e as autoridades dos dois municípios paulistas, assim como a Anvisa, discutiram formas de evitar que variantes entrem por portos e aeroportos. “Sabemos que o caso com a cepa indiana foi detectado rapidamente, mas temos que manter o acompanhamento dos pacientes infectados e das pessoas que tiveram contato com eles, incluindo os profissionais de saúde que atenderam essas pessoas”, disse Queiroga. “Considerando que São Paulo é a maior cidade do país e Guarulhos é o maior aeroporto, devemos reforçar a vigilância para que essa variante não se espalhe pelo Brasil”, explicou o ministro.

A Anvisa tem intensificado a vigilância em aeroportos, incluindo abordagem a passageiros antes e depois dos voos. Uma portaria recém-editada proíbe a entrada de estrangeiros com origem ou passagem pela Índia, Reino Unido, Irlanda do Norte e África do Sul. “Nosso objetivo é acelerar a vacinação e, ontem, apresentamos um programa de testagem a ser debatido com Estados e municípios”, afirmou Queiroga. O plano de testagem anunciado nessa sexta-feira, 21, é dividido em três eixos. O primeiro é a realização de testes em sintomáticos; o segundo, em assintomáticos, por busca ativa em locais de grande circulação de pessoas e profissionais mais expostos ao risco; e o último é a soroprevalência, que permite o acompanhamento epidemiológico dos casos.


Fonte: Jovem Pan

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