‘Rússia avança para tomar o controle de Donbass’, diz Otan

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Jens Stoltenberg, dá uma entrevista coletiva antes de uma reunião de dois dias dos Ministros das Relações Exteriores da OTAN

O secretário-geral da Organização do Tratado de Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, afirmou nesta terça-feira, 5, que a Rússia avança para tomar o controle de todo o Donbass – região composta por Donetsk e Luhansk, que tiveram a independência reconhecida por Vladimir Putin em 21 de fevereiro – e criar uma ponte terrestre com a Crimeia, território anexado por Moscou em 2014. “Estamos em uma fase crucial da guerra”, disse durante entrevista coletiva. “Nas próximas semanas, esperamos um avanço russo no leste e sul da Ucrânia para tentar tomar o controle de todo o Donbass”, acrescentou. Segundo Stoltenberg, as tropas russas deixaram a região de Kiev e do norte da Ucrânia, mas o presidente Putin está movendo um grande número de tropas para o leste, em direção à Rússia. “Elas vão se rearmar, receber reforços porque sofreram muitas perdas e se reabastecer para lançar uma nova ofensiva altamente concentrada na região do Donbass”, explicou e informou que este movimento das forças russas vai demorar algumas semanas, antes que lancem uma grande ofensiva. “É essencial que os aliados apoiem os ucranianos, os ajudem a se rearmar para permitir que se defendam”, disse Stoltenberg ao destacar que é nesta região onde se concentra a maioria das forças ucranianas.

Na quinta-feira, 7, os ministros das Relações Exteriores da Otan vão conversar com o chanceler ucraniano Dmytro Kuleba sobre as necessidades das forças ucranianas. Ele não deu mais detalhes sobre a conversa, entretanto, informou que está em análise “o fornecimento de armas antitanques e de sistemas de defesa antiaéreos”. Durante sua fala, o secretário-geral disse temer por novas atrocidades uma vez que as tropas russas ainda têm controle sobre uma parte do território ucraniano. Quando essas áreas forem recuperadas, corremos o risco de encontrar mais valas comuns, mais atrocidades, mais exemplos de crimes de guerra”, afirmou. No final de semana, imagens da cidade de Bucha chocaram o cenário internacional pelo fato de dezenas de corpos de civis estarem largados nas ruas.


Fonte: Jovem Pan

Comentários