O ex-advogado-geral da União André Mendonça, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para o Supremo Tribunal Federal (STF), é sabatinado nesta quarta-feira, 1º, pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal. Mendonça é o nome “terrivelmente evangélico” escolhido pelo chefe do Executivo para assumir a vaga do ministro Marco Aurélio Mello, que se aposentou em julho deste ano, na Corte. Em seu pronunciamento inicial, Mendonça tentou provar e alcunha dada a ele pelo chefe do Executivo. “Meu cumprimento com o desejo de que Deus abençoe todos nós e o nosso país”, iniciou Mendonça, que se definiu como um “filho orgulhoso de um distinto bancário evangélico e de uma valorosa dona de casa católica que marcaram em mim, desde a infância, os princípios da honestidade, humildade e perseverança”.
O indicado ainda citou a “graça divina” de se graduar em teologia. Mendonça tem Direito como a sua primeira graduação. “Após o seminário, fui ordenado pastor evangélico e atualmente encontro-me licenciado das funções pastorais, que em caráter voluntário exerço na Igreja Presbiteriana do Brasil”, contou o sabatinado. O ex-ministro agradeceu os seus 20 anos na Advocacia-Geral da União. Mendonça entrou para a instituição em 2000 e foi escolhido como Advogado-Geral da União em 2019. Em 2020, ele deixou o cargo para assumir o Ministério da Justiça e Segurança Pública. “Sou extremamente grato a minha Advocacia-Geral da União, que, nós termos da Constituição da República é uma das funções essenciais à Justiça ao lado do Ministério Público e da defensoria pública”, apontou. Sobre a vaga no STF, Mendonça prometeu não atuar em favor do governo Bolsonaro. “Sempre pautei minha vida pública pelo respeito aos princípios da administração pública. Não obstante, sei a distinção dos papéis entre ministro de Estado e ministro do Supremo Tribunal Federal”, afirmou aos senadores.
Fonte: Jovem Pan