A CPI da Covid-19 aprovou, na sessão deliberativa desta quarta-feira, 23, a convocação e as quebras de sigilo bancário, fiscal, telefônico e telemático do tenente-coronel Alex Lial Marinho, citado em depoimento ao Ministério Público Federal (MPF) como autor de uma pressão sobre um servidor do Ministério da Saúde para agilizar a liberação da vacina Covaxin na gestão do ex-ministro Eduardo Pazuello. A compra do imunizante fabricado pela farmacêutica indiana Bharat Biotech, está na mira da comissão em razão do valor pago pelas doses e a existência de um intermediário, a Precisa Medicamentos, envolvida no processo.
Ao MPF, no dia 31 de março, Luís Ricardo Fernandes Miranda, chefe da divisão de importação da pasta e irmão do deputado federal Luís Miranda (DEM-DF), disse ter sofrido uma “pressão anormal” de Alex Lial Marinho para que fosse encontrada uma forma de superar os entraves burocráticos para a importação e aplicação da Covaxin. Como a Jovem Pan mostrou, a apuração sobre o contrato bilionário representa a nova fase de investigação da comissão. Nesta quarta-feira, 23, a CPI ouviria Francisco Maximiano, sócio da Precisa Medicamentos, representante do imunizante no Brasil, mas, segundo ofício encaminhado aos senadores, ele cumpre quarentena após uma viagem recente à Índia. Em razão disso, o depoimento deve ocorrer na quinta-feira, 1º, ou na sexta-feira, 2.
Fonte: Jovem Pan