A Secretaria de Saúde do estado de São Paulo confirmou, nesta segunda-feira, 4, os dois primeiros casos no Brasil da variante do novo coronavírus identificada inicialmente no Reino Unido. A confirmação foi feita pelo laboratório do Instituto Adolfo Lutz, vinculado à pasta estadual, após o sequenciamento genético de amostras encaminhadas pelo laboratório privado Dasa no dia 2 de janeiro de 2021. Segundo informações do governo paulista, uma das pessoas com resultado positivo é uma mulher de 25 anos, residente em São Paulo, que se infectou após contato com viajantes que passaram pela Europa e estiveram no Brasil – ela começou a apresentar sintomas no dia 20 de dezembro, com dor de cabeça, garganta, tosse, mal estar e perda de paladar, com PCR realizado em 22 de dezembro O outro é um homem de 34 anos, que tem seu caso investigado pela equipe de Vigilância Epidemiológica. A investigação epidemiológica está em andamento e não há detalhes sobre o quadro clínico apresentado pelos pacientes.
“Até o momento, não há comprovação científica de que esta variante inglesa encontrada no Brasil é mais virulenta ou transmissível em comparação a outras previamente identificadas – o comportamento de um vírus pode ser diferente em locais distintos em virtude e fatores demográficos e climáticos, por exemplo. Ambos os casos são da linhagem B.1.1.7 (termo sinônimo de “cepa” e “variante”). As sequências realizadas pelo Lutz foram comparadas e mostraram-se mais completas que a primeira identificada pelo próprio Reino Unido. Todas estão depositadas no banco de dados online e mundial GISAID (na Global Initiative on Sharing All Influenza Data) – Iniciativa Global de Compartilhamento de Todos os Dados sobre Influenza, na tradução”, diz a nota da Secretaria de Saúde de São Paulo.
Fonte: Jovem Pan