Em sua exposição na sessão desta quarta-feira, 18, a senadora Simone Tebet (MDB-MS), líder da bancada feminina no Senado, apresentou uma série de irregularidades no processo de compra da vacina Covaxin pelo governo do presidente Jair Bolsonaro. Entre os documentos exibidos pela emedebista está a procuração fraudulenta apresentada pela Precisa Medicamentos ao Ministério da Saúde, como a Jovem Pan mostrou, e e-mails segundo que evidenciam que a empresa, que está na mira da comissão, não era importadora nem exportadora dos imunizantes. Diante dos fatos narrados, Túlio Silveira, advogado da Precisa que depõe aos parlamentares, se calou.
Simone Tebet coordena o núcleo de trabalho da CPI da Covid-19 que trata exclusivamente do processo de compra da Covaxin – o outro integrante é o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). De acordo com os documentos apresentados pela senadora, em mais de uma ocasião, consultores jurídicos do Ministério da Saúde emitiram pareceres contrários à assinatura do contrato que previa a aquisição de 20 milhões de doses do imunizante indiano. Mesmo assim, Túlio Silveira enviou e-mails para a pasta cobrando celeridade no processo – nas mensgens enviadas, o advogado dizia que as pendências jurídicas seriam analisadas em momento posterior. Outro fato chamou a atenção dos parlamentares: o contrato foi assinado no dia 25 de fevereiro deste ano; três dias antes, no dia 22, Silveira abriu seu escritório de advocacia.
Fonte: Jovem Pan