Ucrânia quer negociar com a Rússia na cidade de Mariupol

Mykhailo Podolyak propôs um encontro com a Rússia sem quaisquer condição

O negociador ucraniano, Mykhailo Podolyak, afirmou nesta quarta-feira, 20, que a Ucrânia está pronta para uma nova rodada de negociações com a Rússia sem quaisquer condições. Por meio de um post no Twitter, o negociador declarou: “Estamos prontos para realizar uma “rodada especial de negociações” em Mariupol. Um em um. Dois em dois. Para salvar nossos caras, Azov, militares, civis, crianças, os vivos e os feridos. Todos. Porque eles são nossos. Porque estão no meu coração. Para todo sempre.”

Outro negociador ucraniano, David Arakhamia, disse no Telegram que ele e Podoliak “estão prontos para ir a Mariupol para conversar com o lado russo sobre a evacuação de nossa guarnição militar e dos civis”. Não houve reação imediata de Moscou à proposta, mas, pela manhã, durante uma entrevista coletiva, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, informou que um projeto de documento referente às negociações foi entregue para Kiev e que eles estavam aguardando uma resposta dos ucranianos.”Entregamos à parte ucraniana nosso projeto de documento, que inclui formulações absolutamente claras e desenvolvidas”, disse o Peskov.

O vice-comandante do regimento Azov, Svyatoslav Palamar, disse que suas forças concordaram em ser evacuadas junto com civis do porto estratégico do sul do país, quase totalmente destruído após semanas de bombardeios. “Estamos prontos para ser evacuados com a ajuda de um terceiro da cidade de Mariupol com nossas armas pequenas”, afirmou Palamar em um vídeo postado no Telegram. A cidade de Mariupol é uma das mais afetadas pela guerra entre Rússia e Ucrânia que está preste a completar dois meses.

Desde terça-feira, os russos tem dado um ultimato para que os soldados que estão na região e ainda resistem se rendam. Entretanto isso não aconteceu. Apesar dos russos dizerem que já controlam a região que está 90% destruída, os ucranianos não confirmam essa informação e ainda tem controle sobre a cidade portuária. Pessoas que ainda estão lá vivem em condições desumanas, sem água, comida e energia elétrica. Nesta quarta, um corredor humanitário foi acordado entre os países para retirar os civis em segurança.

*Com informações da AFP e Reuters 


Fonte: Jovem Pan

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