Corte internacional começa julgamento contra Rússia; Zelensky critica ‘sabotagem’ a corredores humanitários

Bandeira da Organização das Nações Unidas (ONU)

Na última segunda-feira, 7, ocorreu a primeira audiência da Corte Internacional de Justiça sobre o pedido da Ucrânia para que a Rússia encerre a guerra. Entretanto, os russos não compareceram. A ausência foi criticada tanto pela Ucrânia quanto pelo juiz presidente do tribunal com sede em Haia, na Holanda. A Ucrânia quer medidas urgentes para encerrar a guerra. O país diz que a invasão não tem base legal e pediu que a Rússia apresente provas do argumento de Putin de que houve genocídio de russos pelos ucranianos em Donbas. Do lado de fora do tribunal teve manifestação, ucranianos reunidos gritando “Parem Putin! Parem a guerra! Parem o genocídio!”. A Corte Internacional de Justiça, principal órgão jurídico da Organização das Nações Unidas (ONU), foi fundada em 1946 para resolver questões entre países. Suas decisões são baseadas em tratados e convenções e são inapeláveis.

No fim da tarde desta segunda, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, voltou a se pronunciar. Em um vídeo publicado nas redes sociais, ele afirmou que segue resistindo. No vídeo, ele filma de uma janela e mostra o lado externo do bunker onde está abrigado, além de dizer que permanece em Kiev. Zelensky afirmou ainda que não vai se esconder e que não tem medo de ninguém. Na publicação de cerca de 11 minutos, o presidente afirma também que tem o que é preciso para vencer uma guerra. “Eu fico em Kiev. Não me escondo e não tenho medo de ninguém, tanto quanto é preciso para vencer esta guerra”, escreveu ele ao enviar a gravação. Zelesnky acusou ainda o exército russo de ter feito fracassar a retirada de civis da Ucrânia por corredores humanitários. Segundo ele, no lugar dos corredores havia tanques, minas e lança-foguetes russos.

Ainda no fim da noite desta segunda, o Banco Mundial disse que seu conselho executivo aprovou um pacote de empréstimos e doações de US$ 723 milhões, aproximadamente R$ 3,5 bilhões, para a Ucrânia. A ideia é fornecer apoio ao orçamento do governo enquanto o país enfrenta a invasão russa.

*Com informações da repórter Carolina Abelin


Fonte: Jovem Pan

Comentários