O hábito de fumar pode desenvolver muitos tipos de tumor e reduzir a expectativa de vida em até 10 anos. Além do mais comum, que é o de pulmão, as mais de 7.000 substâncias nocivas do cigarro também podem ser responsáveis por casos de câncer de garganta, boca e esôfago. O Dia Nacional de Combate ao Fumo, domingo 29 de agosto, serve para alertar também para outra doença grave provocada pelo tabaco: os tumores na bexiga. O tabagismo aumenta em até 7 vezes risco de desenvolver câncer nessa região Marco Alberto começou a fumar aos 12 anos e manteve o vicio até os 40. Em 2011 e 2012 passou por duas cirurgias e achou que estava curado. Ano passado e esse ano foi operado mais três vezes e, finalmente, está recuperado aos 73 anos. “Aprendi a fumar aos 12 anos e fumei até os 40, quando abandonei o cigarro e nunca mais peguei. Aí comecei a sentir problemas renais, fui ao médico e foi constatado que tinha uma alteração na bexiga”, conta Marco Alberto.
A estimativa é que sejam diagnosticados mais de 10 mil novos casos da doença no Brasil até o fim de 2022. Embora seja até três vezes mais comuns em homens, o tumor na bexiga é mais invasivo nas mulheres Dr. Stênio Zequi, urologista do A.C.Camargo Câncer Center, explica que a presença de sangue na urina acontece em 37% a 62% dos pacientes. É o principal sintoma e um sinal da doença. “É um câncer que tem uma importante agressividade e pode se apresentar no paciente em uma uma forma superficial quando ele está na mucosa da bexiga ou já invadindo as camadas profundas do órgão, tendo ou não metástase”, explica. A Organização Mundial da Saúde aponta que o tabagismo mata mais de 8 milhões de pessoas por ano. Mais de 7 milhões são fumantes, e quase um 1,2 milhão morrem sem fumar, só por exposição à fumaça do cigarro. Segundo a OMS, o mundo tem um bilhão de fumantes e cerca de 80% vivem em países de renda baixa ou média, onde o peso das doenças e mortes relacionadas ao tabaco é maior.
*Com informações do repórter Victor Moraes
Fonte: Jovem Pan