O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) conversou nesta segunda-feira, 30, com presidente da Argentina, Alberto Fernández. O encontro marca o dia da Amizade Brasil-Argentina e a primeira conversa entre os mandatários desde a eleição de Fernández, em 27 de outubro de 2019. A relação entre os dois é baseada em uma série de acusações. Bolsonaro torcia abertamente para a reeleição de Maurício Macri, opositor de Fernández. O apoio a Macri se intensificou após visita do atual presidente argentino, na época candidato, a Lula, enquanto o petista ainda estava preso em Curitiba. O embaixador da Argentina no Brasil, Daniel Scioli, esteve presente mediando a conversa. Do lado argentino, além de Scioli e Fernández, também esteve presente o ministro das Relações Exteriores e Comércio Internacional e Culto, Felipe Sola. Do lado brasileiro, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, o secretário Especial de Assuntos Estratégicos, Flávio Viana Rocha, e o ex-presidente do Brasil José Sarney.
Sarney estava presente em comemoração à data, que surgiu após um encontro entre ele e o ex-presidente argentino Raúl Alfonsín, em Foz de Iguaçu, há 35 anos. O encontro entre os representantes foi virtual, cada um estava em seu país. Segundo comunicado da Casa Rosada, Fernández pediu para deixar “as diferenças do passado e enfrentar o futuro com as ferramentas que funcionam bem entre nós (Brasil e Argentina)” para “realçar todos os pontos de concordância”. “Estou realizando esta reunião para dar o impulso de que o Mercosul precisa e é imperativo que Brasil e Argentina o façam juntos”, afirmou o chefe de Estado da Argentina. Ele também mostrou preocupação com o meio-ambiente e a situação da Amazônia no Brasil. “Continuamos a progredir em matéria de segurança e das Forças Armadas e temos que trabalhar juntos na questão ambiental, que é um assunto que nos preocupa muito. Devemos fazer um acordo de preservação”, reforçou. “Temos oportunidades em desenvolvimento para fornecer gás à Argentina e ao Brasil”.
Fonte: Jovem Pan