O secretário de Desenvolvimento Regional do Estado de São Paulo, Marco Vinholi, não vê indicativos de uma terceira onda da pandemia da Covid-19 neste momento. Segundo ele, apesar da leve alta nos índices divulgada na quarta-feira, os patamares estão em estabilidade há cerca de um mês. “Não temos índices, neste momento, para uma terceira onda da pandemia. Seguimos observando. Temos taxa de ocupação neste patamar há um mês, temos essa estabilidade. Nós nos preparamos o tempo todo, seguimos com a assistência hospitalar. E, se tiver oscilação, estaremos preparados. Estamos trabalhando pela vacinação e é isso que vai evitar novas ondas”, afirmou. Ontem, o governo do Estado de SP anunciou a prorrogação da fase emergencial do Plano São Paulo até, pelo menos, o dia 14 de junho.
Nesta fase, todas as atividades comerciais, religiosas e de serviço podem funcionar das 6 horas às 21 horas com 40% da capacidade total. O toque de recolher vale das 21 horas às 5 horas do dia seguinte. O Estado, no entanto, aposta na ampliação da testagem e do monitoramento de contatos para tentar contar o avanço da pandemia. São Paulo deve fazer, inclusive, dez eventos teste entre os meses de junho e julho para avaliar a viabilidade do retorno gradual dessas atividades. Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, Vinholi reforçou a necessidade de manter o uso da máscara de proteção e o distanciamento social. “Seguimos, dia após dia, trabalhando com essas práticas contra o coronavírus”, completou.
Marco Vinholi afirmou que o Estado está monitorando a entrada da nova cepa da Covid-19, que veio da Índia, e já teve sete casos confirmados no Brasil. Um deles foi confirmado pela Secretária de Saúde de São Paulo ontem, mas é referente a um homem da cidade de Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, que desembarcou em Guarulhos. Os outros seis casos estão em São Luís, no Maranhão. “Estamos iniciando amanhã a vacinação dos trabalhadores aeroportuários do Estado de SP e seguimos com os cuidados, monitorando o interior. Essa cautela [de manter a fase de transição] tem a ver com os números gerais apresentados pela pandemia — que segue dentre de uma faixa de oscilação desde 28 de março”. Sobre uma nova cepa oriunda do interior de São Paulo, o secretário afirmou que, até o presente momento, ela é muito semelhante a de Wuhan e não apresenta maiores riscos — apesar de ser monitorada.
Fonte: Jovem Pan