Anvisa autoriza estudo clínico de medicamento contra a Covid-19 citado por Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro recebeu alta do hospital Vila Nova Star na manhã e domingo, 18

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou nesta segunda-feira, 19, a realização de um estudo clínico para avaliar a segurança e a eficácia do medicamento proxalutamida na redução da infecção viral causada pelo coronavírus e no processo inflamatório provocado pela Covid-19. O remédio foi citado pelo presidente Jair Bolsonaro na manhã de domingo, 18, após receber alta do hospital Vila Nova Star, na Zona Sul de São Paulo. O chefe do Executivo ficou internado por cinco dias para tratar um quadro de subclosão intestinal. Na saída do hospital, Bolsonaro disse estar estudando materiais do Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos sobre as comorbidades que podem causar um agravamento da doença e ainda citou um outro remédio, ainda sem eficácia comprovada contra a Covid-19, que pode diminuir a gravidade da infecção.

“Tem uma coisa que eu já acompanho há algum tempo, e nós temos que estudar aqui no Brasil, que é a proxalutamida. Já tem uns três meses que não está no mercado, que é uma droga ainda em estudo, mas alguns países já têm mostrado melhora [com o uso]. E isso existe no Brasil de forma ainda não comprovada cientificamente, de forma não legal, mas que tem curado gente. Eu quero ver se o Conep (Comissão Nacional de Ética em Pesquisa) faz um estudo sobre isso ai”, declarou o presidente. A proxalutamida é um antiandrogênico estudado como um possível tratamento para câncer de próstata e de mama. A pesquisa aprovada pela Anvisa é de fase 3, randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, para avaliar a eficácia e a segurança da substância em participantes ambulatoriais do sexo masculino com Covid-19, de leve a moderada. O estudo é patrocinado pela empresa Suzhou Kintor Pharmaceuticals, sediada na China, e será realizado na Alemanha, Argentina, África do Sul, Ucrânia, México, Estados Unidos e Brasil, onde participarão 12 voluntários do estado de Roraima e outros 38 de São Paulo. 


Fonte: Jovem Pan

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