A CPI da Covid-19 ouve, nesta terça-feira, 24, Emanuel Catori, sócio da Belcher Farmacêutica, que ofereceu 60 milhões de doses do laboratório chinês Cansino ao Ministério da Saúde ao custo de R$ 5 bilhões. A empresa tem sede em Londrina, no Paraná, reduto eleitoral do líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR). Um dos sócios da Belcher é Daniel Moleirinho Feio, filho de Francisco Feio Ribeiro, que ocupou o cargo de diretor da Urbanização de Maringá (Urbamar) durante a gestão de Barros à frente da prefeitura da cidade, entre 1989 e 1992. Moleirinho também trabalhou na Companhia de Saneamento do Paraná na gestão de Cida Borghetti, esposa de Barros, como governadora do Paraná. Em razão disso, a cúpula da comissão suspeita que o deputado tenha agido em favor do laboratório dentro da pasta – o líder do Centrão comandou o ministério no governo do ex-presidente Michel Temer. Em seu depoimento ao colegiado, na quinta-feira, 12, Barros disse que não participou “de nenhuma reunião para tratar desse assunto”. Catori chega ao Senado amparado por um habeas corpus concedido pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com a decisão do magistrado, o empresário poderá ficar em silêncio em perguntas que possam incriminá-lo. No entanto, o sócio da Belcher não pode “faltar com a verdade relativamente a todos os demais questionamentos” feitos na CPI. Acompanhe a sessão ao vivo:
AO VIVO: CPI da Covid-19 ouve sócio de farmacêutica que ofereceu vacina à Saúde; siga
Emanuel Catori chega ao Senado amparado por habeas corpus que lhe dá o direito de ficar em silêncio
Fonte: Jovem Pan