Entre tantos arranha céus, aquele “S” não passa despercebido. A gente pensa em uma imagem do horizonte da capital paulista e o Copan ocupa lugar de destaque. São 120 mil metros quadrados de área construída, 115 metros de altura e 1160 apartamentos. O edifício chama Copan porque ele foi encomendado pela Companhia Pan Americana de Hotéis e Turismo. O desenho original é do arquiteto Oscar Niemayer. Entre a concepção do projeto e a finalização da obra, se passaram 12 anos. Foram alguns percalços, mudanças na planta, dificuldades financeiras, mas uma vez inaugurado, na década de 1960, o edifício passou a ser um dos metros quadrados mais caros de São Paulo. Hoje estamos acostumados a vê-lo cercado pela rede de proteção, colocada para impedir acidentes com as pastilhas que se descolam do prédio. Depois de 10 anos em negociação com a Prefeitura, um projeto de reforma foi aprovado. Entre os comerciantes estabelecidos nas galerias a expectativa é grande.
O empresário Raimundo Oliveira tem uma pizzaria no local há 27 anos. “Hoje está atraindo muito o pessoal para o lugar no fim de semana para vir conhecer o Copan. E agora, eu acho que essa reforma só vai trazer benefícios para a gente aqui no comércio. Eu estou comemorando já”, relata Oliveira. A diretora do departamento de Patrimônio Histórico de São Paulo, Lícia Ferreira, explica porque foram tantos anos de tratativas. O Copan é tombado, por isso, a manutenção precisa atender requisitos. Para ela, a demora consistiu em encontrar um projeto que correspondesse a uma solução adequada as necessidades e que tivesse durabilidade. “Em um primeiro momento, eles queriam apenas refazer as pastilhas e a gente solicitou que fossem feitos, também, os restauros da caixilharia, das janelas, de outros elementos, de modo que a gente alcançasse a recuperação total da fachada. A ideia foi garantir a preservação final de todas as características arquitetônicas externas do edifício como prevê a resolução tombamento.
Fonte: Jovem Pan