Apresentador da Jovem Pan é assaltado dentro de carro de aplicativo em SP

Roubo de celular para transferências bancárias tem se tornado mais frequente

Hoje em dia, os assaltantes não roubam mais carteira, correntinha de ouro, relógio. Eles estão de olho no celular. Nos últimos três anos, foram apreendidos mais de 10 mil celulares somente no centro de São Paulo na 1ª seccional de polícia. No último final de semana, o apresentador da Jovem Pan Thiago Asmar, conhecido como Pilhado, foi assaltado dentro de um carro de aplicativo no bairro da Bela Vista, em São Paulo. Os bandidos fizeram ele desbloquear o celular na hora, antes de levarem o aparelho. Com acesso aos aplicativos bancários e e-mail, os assaltantes conseguiram movimentar cerca de R$ 200 mil da conta do jornalista. Thiago conta que o valor foi ressarcido pelo banco, mas que ele vai até o final para que isso não ocorra com outras pessoas.

“O pior de tudo não foi perder o celular. O pior é que eu já fui na polícia, eu estou, inclusive, ajudando nas investigações, porque eu não quero deixar que isso fique impune para essa quadrilha, o pior é que é uma quadrilha muito grande, deve ter muita gente grande envolvida, porque eles roubaram meu celular, esse bandido passou para alguém e eles esvaziaram tudo meu, minha conta no banco, minha conta jurídica, esvaziaram meu aplicativo Binance de criptomoeda, que, por sinal, eu vou entrar na Justiça, porque não me reembolsaram. O Banco, na hora, já deixou claro que vai me reembolsar. É uma quadrilha. Para você ter ideia, eles criaram uma conta em um banco que eu nem conheço no meu nome, Juno, um banco chamado Juno, no Paraná. E esse banco, já foi apurado, inclusive pela polícia, que tem muita fraude envolvida”, relatou o apresentador. Thiago Asmar falou com o banco para saber para onde seu dinheiro havia sido transferido e eles alegaram que havia sido repassado para outras 11 instituições.

O delegado Roberto Monteiro diz que se trata de um crime bastante comum atualmente, que acontece todos os dias em São Paulo. São quadrilhas especializadas e estruturadas para esse tipo de crime, que contam até com cargos e hierarquias. “Geralmente esses golpes têm a figura daquele que vai buscar informações no celular, aquele que é especialista também em tecnologia e que extrai esses dados e depois começa a utilizar dados pessoais das vítimas para transferências Pix, principalmente para obtenção de empréstimos em bancos, para saques em contas correntes, justamente se utilizando dos aplicativos de banco. Por isso que hoje o celular aberto na mão do marginal é, realmente, uma porta aberta para a prática de vários crimes”, disse. Para Thiago Asmar, vítima de estelionato, os bandidos não são ‘vítimas da sociedade’. “Para mim, o problema é caráter. Ou a pessoa tem caráter ou não tem. E eu fico muito revoltado quando eu vejo tudo o que eu sofri nesses últimos dias para dizer que quem me roubou é vítima da sociedade. Para mim, não é. Para mim, lugar de ladrão é na cadeira. E é por isso que eu vou até o último instante batalhar com a polícia para achar essa quadrilha”, disse.

*Com informações do repórter Victor Moraes


Fonte: Jovem Pan

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