Nesta quinta-feira, 19, a Austrália reconheceu a existência de provas de que as forças especiais do país executaram ilegalmente pelo menos 39 civis no Afeganistão. Segundo o general Angus Campbell, principal autoridade militar do país, a longa investigação à respeito do assunto concluiu que algumas dessas pessoas, que não eram combatentes, foram mortas durante uma prática conhecida como “sangramento”, em que os novos membros da patrulha são forçados a atirar em prisioneiros para cometer seu primeiro assassinato. Em nome da Força de Defesa australiana, Campbell pediu desculpas ao povo afegão “por quaisquer atos repreensíveis por parte dos soldados australianos” e admitiu que “algumas patrulhas ignoraram a lei, regras foram quebradas, histórias foram inventadas, mentiras foram contadas e prisioneiros foram mortos”. O general recomendou a abertura de um julgamento de crimes de guerra e pediu a revogação de algumas medalhas concedidas aos 25 membros das forças especiais que estão sendo acusados de terem assassinado esses 39 cidadãos afegãos.
Fonte: Jovem Pan