O Facebook decidiu que o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, permanecerá suspenso da rede social até o dia 7 de janeiro de 2023. Passado esse prazo, o retorno do republicano será condicionado à redução do risco à segurança pública. A empresa também anunciou nesta sexta-feira, 4, que as postagens feitas por políticos não serão mais automaticamente consideradas de interesse público caso seu conteúdo vá contra as regras. Não está claro quais critérios guiarão essa decisão, mas a plataforma afirmou que enviará uma notificação avisando quando transgressões passíveis de banimento forem cometidas. Desde que Trump foi banido por incitar seus apoiadores a invadirem o Capitólio, o Facebook vem sendo pressionado a tomar medidas mais contundentes contra outros líderes mundiais que possuem um comportamento controverso nas redes. Por outro lado, a moderação do discurso político também é apontada por críticos como uma espécie de censura, que cria precedentes perigosos para a liberdade de expressão. O fato é que, desde então, as principais redes sociais intensificaram seus esforços para conter a desinformação e o discurso de ódio, suspendendo ou excluindo conteúdos que incitam a violência ou disseminam mentiras sobre eleições ou pandemia.
O banimento de Trump já tinha sido discutido por um conselho independente do Facebook formado por 20 ex-políticos, advogados, jornalistas e ativistas, que agem como um tribunal sobre as decisões de moderação do site. No dia 5 de maio, o grupo decidiu que a empresa agiu corretamente ao suspender o então presidente diante do risco à segurança pública representado pela violência no Capitólio, que deixou cinco mortos. Porém, a comissão criticou a indefinição de um prazo para o veto e determinou que essa questão deveria ser definida pelo próprio Facebook em até seis meses. A definição de que Trump permanecerá impedido de usar a rede social até 7 de janeiro de 2023 acontece logo depois do republicano desativar a sua plataforma ‘From the Desk of Donald J. Trump’, criada há menos de um mês para se comunicar com os seus apoiadores. A ferramenta inserida dentro do site oficial de do ex-presidente seguia um formato semelhante ao do Twitter, com publicações curtas que podiam ser compartilhadas nas redes sociais em que ele foi expulso. Porém, ela não possuía contagem de seguidores e nem meios de interação diretas, o que pode explicar o seu insucesso.
Fonte: Jovem Pan