Avanço do comércio digital na pandemia amplia riscos de vazamentos de dados

Juliana Domingues pontua a necessidade de uma educação dos consumidores para os cuidados básicos de proteção das informações

O crescimento do comércio digital, assim  como do uso de delivery durante a pandemia de Covid-19, amplias os riscos de vazamento de dados. Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, neste domingo, 28, a secretária nacional do Consumidor do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Juliana Domingues, explicou os reflexos da ascensão do e-commerce. “Com as medidas sanitárias adotadas, muitos consumidores começaram a usar comércio digital e compartilharam muito mais os seus dados pessoais. Com isso, o risco aumentou muito, porque muitas dessas páginas que comercializam produtos e serviços são páginas que não estão de acordo com a nossa Lei Geral de Proteção de Dados.”

Para reverter esse quadro, a secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) assinaram um acordo de cooperação para proteção de informações dos consumidores. Segundo Juliana Domingues, o objetivo do fórum permanente é promover ações conjuntas, o que inclui o intercâmbio de informações entre as partes e até mesmo cooperação para fiscalizações envolvendo a Polícia Federal. “A nossa parceria, além de promover a uniformização e dar andamento aos casos, vamos poder construir instrumentos para que as duas autoridades possam se comunicar e, diante das competências, poder investigar e aplicar sanções administrativas”, disse. “Temos a preocupação de evitar novos incidentes, porque depois que acontece [vazamento de dados] fica difícil a contenção dos danos para os brasileiros”, completou.

A secretária nacional do consumidor ressaltou ainda que casos de vazamento de dados têm sido “um desafio” para autoridades de todo o mundo, não sendo uma particularidade brasileira. Ela pontua a necessidade de uma educação dos consumidores para os cuidados básicos de proteção das informações e reforça o trabalho integrado da Senacon com Procons e, agora, com a autoridade de proteção de dados. “Existem mecanismos possível para evitar esse tipo de situação, ainda sim estamos trabalhando na Senacon para que ambientes digitais estejam adaptados e tragam mais segurança diante essa situação [da pandemia], que vamos usar muito mais a internet e os mecanismo digitais.”


Fonte: Jovem Pan

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