Aliados do Palácio do Planalto tem utilizado a sabatina do procurador-geral da República, Augusto Aras, entre outras coisas, para pedir ao presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ), senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), que paute a indicação de André Mendonça para a cadeira do Supremo Tribunal Federal (STF) que está vaga desde a saída do ministro Marco Aurélio Mello, que se aposentou em julho. O nome do ex-advogado-geral da União, o “terrivelmente evangélico” escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro, enfrenta resistência de um grupo de parlamentares, que busca emplacar Humberto Martins, presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), na Suprema Corte.
Os apelos foram feitos a Alcolumbre por pelo menos dois senadores: o líder do governo na Casa, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), e Mecias de Jesus (Republicanos-RR). Cabe ao senador do DEM incluir a sabatina de Mendonça na pauta do colegiado. Porém, como a Jovem Pan mostrou, o ex-presidente do Senado decidiu congelar o processo após Bolsonaro apresentar o pedido de impeachment do ministro Alexandre Moraes, do STF, na sexta-feira, 20. A informação chegou ao conhecimento dos parlamentares governistas horas depois. A interlocutores, Alcolumbre considerou o ato do mandatário do país como “lamentável”. Desde então, aliados do governo tem tentado convencer o comandante da CCJ de que este gesto ao presidente da República seria importante para distensionar a relação entre os três Poderes.
Fonte: Jovem Pan