‘Bharat confirma que estávamos diante de uma série de documentos montados’, diz Simone Tebet

Senadora Simone Tebet atua no núcleo criado pela comissão para apurar as supostas irregularidades na compra do imunizante

A decisão da Bharat Biotech de romper o seu contrato com a Precisa Medicamentos é tida pela cúpula da CPI da Covid-19 como uma informação “muito importante”. Como a Jovem Pan mostrou, o laboratório indiano, que fabrica a vacina Covaxin, encerrou seu contrato com a empresa brasileira e afirmou, em nota, que documentos enviados pela empresa brasileira ao Ministério da Saúde são falsos. Líder da bancada feminina no Senado, a senadora Simone Tebet (MDB-MS), que atua no núcleo criado pela comissão para apurar as supostas irregularidades na compra do imunizante, disse à Jovem Pan que o comunicado da Bharat “só confirma aquilo que já havíamos visto: claramente estávamos diante de uma série de documentos montados”. Também em nota, a Precisa, que intermediou a compra feita pelo governo do presidente Jair Bolsonaro, afirma que “jamais praticou qualquer ilegalidade”.

“A nota da Bharat Biotech só confirma aquilo que já havíamos visto: claramente estávamos diante de uma série de documentos montados. A Precisa, através da Emanuela [Medrades, diretora-técnica da empresa] e, provavelmente de seu proprietário, ao responder o Ministério da Saúde, a todo momento respondia de forma imediata, em menos de 24 horas, com documentos em português, totalmente montados e fraudados. Essa última informação já havia sido denunciada aqui, trata-se de uma procuração, encaminhada ao Ministério da Saúde, como se a Bharat tivesse dado à Precisa o poder amplo de negociar preços de vacinas, condição de pagamento, data de entrega, detalhes da operação, formalizando, inclusive, o contrato em nome da Bharat. A Bharat é uma empresa séria, um laboratório indiano sério, que tem uma vacina que, a princípio, parece que é eficaz. diante de todas essas denúncias apresentadas por nós, acaba de confirmar que pelo menos dois documentos, mas acredito que são muitos outros, como estou levantando aqui, foram fraudados. Eles pegam o logo, o carimbo e a assinatura da Bharat, e recheiam com conteúdo que querem”, disse Tebet à reportagem.


Fonte: Jovem Pan

Comentários