O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reconheceu na noite de sábado, 13, que a absolvição de Donald Trump no julgamento do impeachment contra ele mostra que a “democracia é frágil” e, por isso, pediu a todos os americanos para “defenderem a verdade e derrotarem as mentiras”. Somente usando a verdade, argumentou Biden, os EUA serão capazes de encerrar a “guerra não civil” entre democratas e republicanos e “curar a alma da nação”. “Este triste capítulo de nossa história nos lembrou que a democracia é frágil. Devemos sempre defendê-la. Devemos estar sempre vigilantes. Essa violência e esse extremismo não têm lugar nos Estados Unidos. E cada um de nós tem um dever e a responsabilidade, como americanos, especialmente como líderes, devem defender a verdade e derrotar as mentiras”, disse ele.
Biden, que assumiu o poder no dia 20 de janeiro, tomou uma posição em um comunicado na noite de ontem, horas depois que o Senado dos EUA absolveu Trump de “incitar uma insurreição” no ataque ao Capitólio dos EUA, no dia 6 do mês passado, no qual cinco pessoas morreram. O placar final da votação foi com 57 senadores a favor da condenação e 43 contra, números insuficientes para os democratas que precisavam de uma maioria de 67 votos para sancionar o ex-presidente, algo que desde o início parecia pouco provável. Ainda assim, sete republicanos votaram para condenar Trump por “incitar uma insurreição”: Susan Collins, Lisa Murkowski, Mitt Romney, Ben Sasse, Bill Cassidy, Pat Toomey e Richard Burr.
Portanto, apesar da absolvição, foi o impeachment presidencial que recebeu o apoio mais bipartidário dos quatro na história dos Estados Unidos, lista que inclui os julgamentos contra Andrew Johnson (1865-1869), Bill Clinton (1993-2001) e ambos contra Trump. A este respeito, Biden destacou o apoio de vários republicanos à condenação e argumentou que, embora a votação final não tenha conduzido a uma punição para Trump, “o conteúdo da posição não está em discussão”. Ou seja, de acordo com Biden, ninguém duvida do papel que o ex-presidente desempenhou no incentivo a seus seguidores para invadir o Capitólio, aspecto que o líder republicano no Senado, Mitch McConnell, destacou em seu discurso final ontem, quando ele disse que Trump era “prática e moralmente responsável” pelo que aconteceu. O julgamento de impeachment de Trump durou apenas cinco dias, já que ambas as partes optaram por um processo rápido sem testemunhas.
Fonte: Jovem Pan