Brasil tem prioridade na aquisição de 54 milhões de doses da CoronaVac, afirma Doria

O Estado recebe, na próxima terça-feira, da China, insumos para a produção de mais de 4 milhões de doses da CoronaVac

O governador do Estado de São Paulo, João Doria, afirmou que a prioridade do contrato que prevê 54 milhões de doses adicionais da CoronaVac é do Brasil. Se a aquisição não for feita através do Ministério da Saúde, as negociações serão realizadas diretamente com estados e municípios. “O que nos surpreende é que o Ministério ainda não fez essa opção. Temos 54 milhões de doses adicionais, além das 46 milhões já comprometidas, e o Ministério da Saúde diz que vai pensar e avaliar até o fim de maio. Estamos diante de uma pandemia que leva a vida de mais de 1,2 mil brasileiros por dia e o Ministério vai pensar se compra vacina?” questionou. Na última quarta, o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, tinha afirmado que, caso o MS não sinalizasse interesse, as doses seriam exportadas para países vizinhos.

Agora, Doria deu um ultimato para a pasta até o dia 5 de fevereiro. Do contrário, vai negociar com os governadores e prefeitos que já manifestaram interesse pelo imunizante. Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, o governador de São Paulo afirmou que a luta é pela saúde, com transparência absoluta. “Em São Paulo não somos terraplanistas, negacionistas, não recomendamos cloroquina, não usamos expressões como ‘pressa para quê?’, ‘e daí?’ e ‘não é comigo’. Temos compaixão e entendimento que a população precisa ser protegida.” Doria completou que, mesmo com todas as contrariedades, São Paulo manteve a posição de proteger a ciência. “Hoje, praticamente, a única vacina existente no Brasil é a do Instituto Butantan. Se temos mais de um milhão de vacinados, isso se deve a vacina do Butantan que é segura e eficaz.”


Fonte: Jovem Pan

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