Brasileiro bebeu mais, ganhou peso e fez menos exercícios na pandemia

Em 2020, houve aumento no consumo abusivo de bebidas alcoólicas e principalmente no sedentarismo

No período de isolamento social e de restrições pela Covid-19, o estudante Daniel Andrade parou de fazer exercícios físicos e passou a se alimentar de maneira inadequada. Há um mês ele melhorou os hábitos alimentares e retomou os treinos. “Eu jogava bastante bola com meu pai, ia todo domingo. Só que depois de um tempo paramos, quando veio a pandemia. Fiquei em casa bem parado e agora comecei a fazer treinos em casa, exercício. Com esse tempo, a minha alimentação piorou muito, só que fazendo os treinos estou melhorando a alimentação”, disse. Daniel é mais um de milhões de brasileiros que viram a saúde piorar durante a pandemia. Em 2020, houve aumento no consumo abusivo de bebidas alcoólicas e principalmente no sedentarismo. Isso elevou a taxa de pessoas com doenças crônicas, como a obesidade. É o que mostra a pesquisa do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde com 28 mil pessoas.

O estudante de economia Gabriel Muniz conta que o medo de engordar o fez parar de beber quando ficou 100% em casa. “Acredito que tenha parado de consumir algumas coisas que me faziam mal, como refrigerante, beber, e troquei alimentação para verduras, frutas, mais proteínas também”, pontua. Em 2019, a obesidade atingia 20% dos adultos nas capitais do país, mas, em 2020, a doença passou a afetar 21,5% deste grupo, com maior prevalência nos Estados do Sul, Sudeste e Nordeste. Manaus com 25%, Cuiabá e Rio de Janeiro com 24% lideram o ranking de maior incidência da obesidade. Até 2011, nenhuma capital havia ultrapassado 20%. O índice nacional é quase o dobro do registrado há 15 anos, em 2006, quando apenas 11% da população era portadora desse tipo de comorbidade.


Fonte: Jovem Pan

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