Sem leitos, 91% das cidades brasileiras precisaram transferir pacientes em 2020, aponta IBGE

Nos 5.109 municípios brasileiros onde houve internações por Covid-19, 23,6% informaram que o número de doentes ultrapassou a capacidade de leitos e também de UTI públicas e privadas

A Munic, Pesquisa de Informações Básicas Municipais, ligada ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), fez um levantamento dos efeitos da pandemia da Covid-19 sobre a rede de saúde e outros setores em atividade. As cidades maiores e com uma rede de saúde mais estruturada absorveram durante a pandemia a demanda de pacientes. Houve casos de colapso na rede de saúde e falta de leitos no auge da pandemia. De acordo com a pesquisa do IBGE, das cerca de 5.400 cidades investigadas, 98,6% adotaram alguma medida de isolamento social; em 76% dos municípios foram instaladas barreiras sanitárias; apenas 18 cidades brasileiras não tiveram casos de Covid-19 no ano de 2020, todos esses com menos de 10 mil habitantes; em 93,8% das cidades houve internações de pacientes com Covid-19; e em 89% houve óbitos. Nos 5.109 municípios onde houve internações por Covid-19, 23,6% informaram que o número de doentes ultrapassou a capacidade de leitos e também de UTI públicas e privadas; 58,2% dessas cidades ampliaram o número de leites; 12,3% construíram hospitais de campanha; e 91,6% encaminharam pacientes para outros municípios, como destaca gerente pesquisadora do IBGE Rosane Oliveira. “94% dos municípios informaram que, entre as pessoas que contraíram Covid-19, houve pelo menos uma com necessidade de internação”, disse. A Munic se refere exclusivamente ao ano de 2020. Uma nova pesquisa desse tipo deve ser divulgada no ano que vem pelo IBGE tendo como base o ano de 2021.


Fonte: Jovem Pan

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