Mãe de Marina, de 2 anos, e de Arthur, de 5 anos, a jornalista Laís Gimenez tem uma preocupação constante desde que os filhos nasceram: a de mantê-los longe dos produtos de limpeza. Morando em uma casa pequena e com pouco lugar para armazenar as compras, ela conta que não conseguiu deixar as embalagens longe do alcance das crianças — como é recomendado por especialistas. Para driblar o problema, Laís investe em muita orientação e em cuidados com o tipo de produto escolhido.
“Desde pequenininho a gente sempre orienta que não pode mexer, que faz mal, pode machucar. E eles sempre entenderam, porque nem abrem o armário que tem produto de limpeza. Se você guarda o produto em garrafas, a criança pode acabar tomando. Se você compra um produto com cheiro de chiclete, de morango, coisas que relacionam com comida, a gente evita por conta disso também.” De acordo com registros da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a intoxicação por produtos de limpeza em crianças cresceu durante a pandemia.
Ainda não se sabe, no entanto, se o fato está relacionado ao maior tempo que as crianças estão passando em causa ou com o aumento dos esforços de higienização e desinfecção nas casas. De um jeito ou de outro, o fato é que, segundo dados da Anvisa, de janeiro a abril deste ano, os casos de crianças intoxicadas cresceram 6% quando comparados ao mesmo período de 2019 e quase 2% em relação a 2018. O secretário do Departamento de Segurança da Criança e do Adolescente da Sociedade de Pediatria de São Paulo explica que a intoxicação pode acontecer através da ingestão ou inalação de algum produto.
Fonte: Jovem Pan