O acidente aconteceu por volta das 22 horas desta quinta-feira, 10, na avenida Corifeu de Azevedo Marques, na Zona Oeste de São Paulo. Segundo a polícia militar, um veículo de luxo em alta velocidade perdeu o controle e atingiu o ciclista Claudemir Cauê dos Santos Queiroz, de 17 anos, que trabalhava como entregador para uma empresa de aplicativo. O jovem foi arrastado pelo para-brisa do automóvel por ao menos 30 metros. O socorro foi acionado, a vítima foi encaminhada para o Hospital Universitário, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Com a colisão, o carro ficou com o vidro completamente estilhaçado. Segundo a tia do ciclista, Érica Santos, o motorista apresentava sinais de embriaguez. “Eu estava em casa, minha irmã desesperada me mandando mensagem dizendo que meu sobrinho tinha sofrido um acidente, mas a gente não sabia o estado do acidente. Infelizmente, ele foi a óbito. Pelo que falaram, o motorista estava embriagado e andando em alta velocidade, mais de 100 km/h. O impacto foi tão grande que o airbag dele foi acionado”, relatou Érica.
“Meu sobrinho estava atravessando a rua de bicicleta, ele estava vindo do trabalho. Infelizmente, esse cara acabou com a vida dele, que tinha acabado de ser pai. O filho ainda ia fazer um mês. Ele foi atrás do ganha pão para a família dele”, lamentou a tia. De acordo com o pai do ciclista, Claudemir dos Santos Queiroz, o filho era recém-casado e estava trabalhando como entregador para sustentar a criança. “Ele tinha encerrado o horário dele e estava voltando para casa e foi quando esse indivíduo atropelou meu filho. Ele tirou a vida do meu filho, mas também tirou um pedaço muito grande da família. Está todo mundo sofrendo, todo mundo abalado. Testemunhas disseram que ele até mesmo tentou fugir, mas não fugiu porque outros motoqueiros, que prestaram socorro, o impediram. Parece até que tentaram agredir ele para não fugir”, contou o pai. Ao chegar no 14º DP, o motorista de 39 anos disse à polícia que estava na casa da noiva, que saiu para comprar comida e que acabou tomando uma cerveja. Na volta, atropelou o ciclista por “não tê-lo visto passando”. O empresário estava com a carteira de motorista suspensa desde junho do ano passado e iria renová-la ainda este. O motorista irá responder por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. A ocorrência foi registrada no 14º DP de Pinheiros.
*Com informações da repórter Caterina Achutti