Coletivo ampara mulheres que criam filhos sozinhas em São Paulo

Na Grande São Paulo, 27 em cada 100 mulheres que trabalhavam em 2019 perderam o emprego no ano passado

A professora Thais Cassapian cria sozinha a filha de 7 anos. Ela relata que sua experiência foi crucial para perceber a dificuldade de outras mães que não têm auxílio paterno na criação dos filhos e vivem em situação de vulnerabilidade social. Atualmente, a professora dá aulas para Educação de Jovens e Adultos (EJA), onde convive com alunas nessa condição. Foi olhando para elas que a professora fundou o Coletivo de Maternidade Solo. O impacto da pandemia na vida dessas mulheres era a maior preocupação da Thais. “Quando a pandemia estava iniciando, me senti um pouco constrangida de chamá-las para estudar e de não saber, na verdade, se elas tinham acesso a direitos básicos, como alimentação”, afirma. A professora explica que o termo “mãe solo” diz respeito apenas à condição em que a mulher cria o filho e não ao estado civil. “Tem a ver com uma mulher que está carregando sozinha um responsabilidade que deveria ser partilhada”, relata.

Thais não está sozinha nessa ação social. O coletivo conta com uma rede de apoio de 60 voluntários e beneficia 130 famílias. Pensando nos nutrientes importantes para o crescimento das crianças, todo mês é enviada uma cesta com frutas, legumes, leite e ovos. E o projeto quer ir além. Roupas, calçados, cobertores e kits de higiene, que incluem absorvente, shampoo, escova de dentes, fraldas e lenços umedecidos, já começam a chegar. Ainda assim, a ação busca expandir sua rede de voluntários para conseguir ajudar todas as mulheres que estão na fila a espera do auxílio.


Fonte: Jovem Pan

Comentários