O conflito entre Israel e a Faixa de Gaza chegou ao terceiro dia nesta quarta-feira, 12, com um saldo de 54 mortos. Entre os israelenses, foram seis vítimas fatais, incluindo três mulheres e uma adolescente. Entre os palestinos, foram 48 vidas perdidas, incluindo a de 14 crianças e três mulheres, além de mais de 300 feridos. Até agora, Israel foi responsável por mais de 500 bombardeios na Faixa de Gaza, enquanto os grupos Hamas e Jihad Islâmica dispararam 850 projéteis e dois mísseis em direção ao território israelense. Porém, mais de 200 disparos falharam e caíram na própria Faixa de Gaza e 90% dos foguetes restantes foram interceptados por Israel antes que causassem danos. Ainda assim, as cidades israelenses de Tel Aviv, Lod e Ashkelon foram atingidas e o Aeroporto Internacional Ben Gurion, o principal do país, teve que ser fechado por precaução. Milhares de israelenses passaram a noite em abrigos antiaéreos. Enquanto isso, bairros inteiros de Gaza amanheceram sob escombros, sendo que um edifício residencial de 13 andares desabou na noite de terça-feira, 11. As autoridades militares de Israel afirmam que, com isso, foram mortos vários oficiais superiores do Hamas e destruídas instalações do grupo palestino. Porém, a Faixa de Gaza não possui sistemas de defesa aérea e nem abrigos para que os civis possam se proteger, motivo pelo qual muitos civis estariam morrendo, segundo as autoridades de saúde locais. A Organização das Nações Unidas (ONU) alertou que muitas pessoas “comuns” estão pagando o preço do conflito, que a entidade considera ser a pior violência entre israelenses e palestinos em anos. O órgão também afirmou que as disputas podem se transformam em uma “guerra em grande escala” e pediu que a violência cesse imediatamente.
Cisjordânia e Lod
Os acontecimentos na Faixa de Gaza estão causando protestos promovidos pelos palestinos que vivem na Cisjordânia, a cerca de 80 quilômetros de distância, e em cidades árabes-israelenses como Lod e Acre. 270 pessoas foram presas por suspeita de envolvimento nos tumultos e dois palestinos foram mortos a tiros pelo exército israelense na manhã desta quarta-feira, 12. Israel decretou estado de emergência em Lod, especificamente, após confrontos entre as comunidades judaica e muçulmana causarem incêndios em três sinagogas, diversas lojas e 30 carros. O prefeito da cidade, Yair Revivo, disse em entrevista ao canal de notícias israelenses Channel 12 que “perdeu” o controle das ruas. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou na sequência que seriam enviados reforços para as forças de segurança de Lod e Acre.
Fonte: Jovem Pan