Entrevistado pelo programa “Jornal da Manhã”, da Jovem Pan, neste sábado, 20, Dia da Consciência Negra, o deputado Professor Joziel (PSL-RJ) falou sobre educação inclusiva e sobre a triste estatística que mostra uma baixa adesão dos alunos negros ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Em 2021, apenas 11,7% do total dos alunos inscritos na prova declararam serem pretos ou pardos. “Eu entendo que o maior projeto que nós temos para a nação na educação inclusiva está diretamente ligado à questão da nossa Constituição, que diz que é dever do Estado e direito de todo o cidadão ter uma educação de qualidade que promove, que desenvolve e que faz com que a sociedade se projete”, afirmou. Segundo ele, se todos os Estados e municípios seguirem o que a cartilha exige em relação à educação, o Brasil pode avançar como o país gigante que é.
Para o professor, as cotas não são as únicas ações possíveis para compensar a defasagem histórica do país. “Existem outras ações que podem ser desencadeadas e desenvolvidas a nível de reparação, compensação, a todos os danos que a população afro étnica sofreu ao longo do tempo e que essa educação no nosso Brasil pode corrigir não só através das cotas, mas principalmente na questão de consciência nacional de etnia, não de raça, porque raça só existe uma, a humana”, pontuou. Segundo ele, a mentalidade de “correção social” do país não pode viver nos séculos passados e uma tradução e educação clara sempre serão essenciais para evitar conflitos em relação ao assunto. “A hora que a gente entender o seguinte: não é o dia da consciência, é uma vida de consciência, não só para os afrodescendentes, mas para todos que tocam o solo do nosso Brasil. Não é ‘o negro’, é ‘o afrodescendente. Não é a raça ou discriminação, é o ser humano que está no centro da questão e principalmente debaixo de uma hégide da Carta Magna, que é a nossa Constituição”, afirmou.
Fonte: Jovem Pan