‘Construí uma política não de afastamento em relação à China, mas de objetividade e cautela’, declara Ernesto Araújo

O ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, vinha sendo criticado pela condução da política externa do Brasil, especialmente em questões como a aquisição de vacinas contra a Covid-19

O ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, publicou em seu blog “Metapolítica 17: contra o globalismo”, na tarde deste sábado, 10, um balanço dos dois anos e três meses de gestão à frente do Itamaraty. O ex-chanceler agradeceu ao presidente Jair Bolsonaro por ter participado do que chamou de “grande projeto libertador e patriótico”. Sobre a atuação durante a pandemia da Covid-19, em que sofreu críticas pela suposta falta de engajamento na aquisição de vacinas, o ex-ministro destacou que sempre trabalhou “pelo acesso equitativo a vacinas, insumos e outros produtos necessários ao combate à pandemia”, além de ter atuado “na construção de uma solução de consenso sobre quebra ou suspensão de patentes que aumente efetivamente a disponibilidade de vacinas em todo o mundo”.

Em relação à parceria Brasil-Estados Unidos, Araújo destacou que deu “forma e conteúdo” à aliança com o governo de Donald Trump e que lançou as bases para a continuação do bom relacionamento com Joe Biden. “Jamais promovi qualquer ‘alinhamento automático’ aos Estados Unidos. Não embarcamos em sequer uma única iniciativa com os Estados Unidos que não correspondesse à racionalidade dos interesses brasileiros”, defendeu. Segundo o ex-ministro, todas as ações junto aos americanos foram para alavancar os investimentos, a capacidade tecnológica e a área de defesa brasileiros. “Eliminamos o ‘desalinhamento automático’ com os EUA, que, este sim, compôs a política externa brasileira por décadas e nos custou a perda de gigantescas oportunidades econômicas e políticas”.


Fonte: Jovem Pan

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