A Coreia do Norte afirmou neste domingo, 2, que o presidente dos Estados Unidos cometeu um “grande erro” ao chamar o seu arsenal nuclear de ameaça na semana passada e alertou que o governo norte-americano enfrentaria uma “situação muito grave” caso mantivesse sua postura negativa. A declaração foi feita por um funcionário do Ministério das Relações Exteriores, Kwon Jong-gun, que defendeu que as palavras de Joe Biden “refletem claramente sua intenção de continuar a aplicar uma polÃtica hostil à Coreia do Norte”. “Seremos obrigados a pressionar por medidas correspondentes”, completou. Na última quarta-feira, 27, o presidente norte-americano mencionou em seu primeiro discurso ao Congresso Nacional que os programas nucleares da Coreia do Norte e do Irã representavam “sérias ameaças à segurança norte-americana e mundial” e que o seu governo lidaria com essa situação “por meio da diplomacia, bem como de uma forte dissuasão”.
Em 2019, negociações diretas entre o ex-presidente Donald Trump e o lÃder Kim Jong-Un terminaram sem nenhum acordo sobre o fim das instalações nucleares na Coreia do Norte ou a flexibilização das sanções impostas pelos Estados Unidos. Antes disso, o governo de Barack Obama abordou o tema com uma paciência estratégica que também não surtiu resultados. A ideia de Joe Biden é adotar uma estratégia intermediária entre esses dois polos, segundo a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki. Ela disse na última sexta-feira, 30, que o governo buscará uma “abordagem calibrada e prática” que explorará a diplomacia e tentará “fazer progressos práticos que aumentem a segurança” dos Estados Unidos. Para Kwon Jong-gun, no entanto, tudo isso não passa de uma “placa falsa para encobrir atos hostis”.
Fonte: Jovem Pan