Covid-19 colocou 100 milhões de pessoas na extrema pobreza, estima presidente do Banco Mundial

Presidente do Banco Mundial falou sobre desigualdade no mundo

O presidente do Banco Mundial (BM), David Malpass, afirmou em conferência no Sudão nesta quinta-feira, 30, que a pandemia da Covid-19 “empurrou quase 100 milhões de pessoas para a pobreza extrema”, especialmente em países em desenvolvimento, após décadas de diminuição nos índices de pobreza mundiais. Segundo Malpass, a retomada do progresso será feita quando os países priorizarem a entrega de vacinas contra a doença. “Os retrocessos em desenvolvimento ameaçam a vida, o emprego, os meios de subsistência e o sustento das pessoas. Em muitos lugares do mundo, a pobreza está aumentando, os níveis de vida e as taxas de alfabetização estão diminuindo”, disse durante discurso.

Ele falou, ainda, sobre os retrocessos em outras questões, como igualdade de gênero, nutrição e saúde e mencionou a desigualdade entre países ricos, que investem bilhões de dólares para recuperar a economia enquanto nações de baixa renda amargam desemprego, falta de vacina, falta de comida e inflação, o que deve aprofundar as dívidas externas. De acordo com o presidente, o Banco Mundial, de abril de 2020 até junho deste ano, aportou mais de US$ 157 bilhões (R$ 853,8 bilhões) para lidar com impactos sanitários, econômicos e sociais da Covid-19, que classificou como “a maior crise da nossa história”. Além disso, Malpass informou que a organização multinacional financiou a obtenção de vacinas para 62 diferentes nações. De acordo com a plataforma Our World In Data, até o momento, 6,24 bilhões de vacinas foram administradas no mundo e 45,2% da população recebeu pelo menos uma dose. Apenas 2,3% dos imunizados, porém, estão em países de baixa renda.


Fonte: Jovem Pan

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