CPI da Covid-19 ouve o empresário Carlos Wizard nesta quarta-feira

Carlos Wizard retornou ao Brasil na última segunda-feira e teve o passaporte retido pela Polícia Federal após pedido da comissão

Após idas e vindas, a CPI da Covid-19 ouve nesta quarta-feira, 30, o empresário Carlos Wizard. Ele retornou ao Brasil na última segunda-feira e teve o passaporte retido pela Polícia Federal após pedido da comissão. Wizard é suspeito de ter articulado o chamado gabinete paralelo da Saúde, que aconselharia o presidente Jair Bolsonaro com medidas contrárias às recomendações científicas. Ele prestaria depoimento à CPI no dia 17, mas estava nos Estados Unidos para acompanhar tratamento médico de um familiar. A ala governista do colegiado é contrária à ida do empresário, como explica o senador Marcos Rogério (DEM). “A CPI, para evitar constrangimento, deveria desconvocar esse empresário. É uma perda de tempo a CPI ficar convocando empresários que estão buscando contribuir com o Brasil. É um empresário que tem uma história e que tem, ao longo dos anos, buscado contribuir com o país de maneira voluntária.”

Na sessão plenária desta terça-feira, o vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede), apresentou o requerimento de prorrogação da CPI por mais 90 dias. O prazo inicial é que o colegiado dure até o dia 7 de agosto. A decisão fica por conta do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que disse que vai aguardar para fazer o anúncio. “A presidência considera que esta análise deve ser feita ao final do prazo de 90 dias da Comissão Parlamentar de Inquérito e por certo será feita nessa ocasião analisando as condições objetivas e subjetivas para tanto”, afirmou. A denúncia de irregularidades no esquema de compra da vacina Covaxin, nos últimos dias, impulsionou a solicitação para estender a comissão. Senadores da oposição e os chamados independentes pretendem ouvir membros do Ministério da Saúde e da Precisa Medicamentos, empresa brasileira que intermediou as negociações. O deputado Ricardo Barros, citado por Luís Miranda no depoimento prestado ao colegiado, também deve ser convocado.

Durante a reunião desta terça, o líder do governo no Senado Federal, Fernando Bezerra Coelho (MDB), rebateu as acusações de que Bolsonaro teria prevaricado ao ouvir a denúncia feita pelos irmãos Miranda. E que ele teria comunicado o problema a Eduardo Pazuello. “Diante do encontro relatado pelo deputado federal Luís Miranda, o presidente entrou em contato com o então ministro da Saúde no dia 22 de março de 2021, segunda-feira, a fim de solicitar a uma apuração preliminar afim dos fatos de contrato de compra da vacina Covaxin. No regular exercício do poder de administração pública, ato contínuo após a ordem o presidente da República, o ministro determinou que o secretário executivo, Élcio Franco, realizasse uma averiguação prévia dos indícios de irregularidades e ilicitudes apontados”, disse.


Fonte: Jovem Pan

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