CPI quer convocar intermediário que discutiu venda da CoronaVac com Pazuello

Membros da CPI querem convocar empresário que aparece em vídeo negociando vacina com Pazuello

Mesmo às vésperas do recesso parlamentar, a reunião entre o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello e intermediários que ofereciam a vacina chinesa CoronaVac, repercute entre os senadores que encabeçam a CPI da Covid-19. O grupo majoritário da comissão disse que convocará o empresário que aparece em um vídeo negociando diretamente com Pazuello a venda do imunizante. O caso foi revelado pelo jornal Folha de S.Paulo e mostra que a vacina estava sendo negociada por quase o triplo do preço do Instituto Butantan. A reunião teria acontecido em 11 de março, dias antes do general deixar o cargo. Em 19 de maio, no entanto, o ex-ministro esteve na CPI da Covid e disse que, enquanto ministro, jamais havia negociado com qualquer empresa.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) reforça que isso traz uma contradição em seu discurso. “Agora descobrimos que o próprio ex-ministro da Saúde participava de negociação direta com intermediários de vacina, e não com os laboratórios, ao contrário do que ele teria dito para nós em depoimento à própria Comissão Parlamentar de Inquérito. A CPI tem novas frentes a partir de agora. As ações destes intermediários, que montavam esquemas fraudulentos e corruptos no âmbito do Ministério da Saúde”, afirmou. O governista Marcos Rogério (DEM-RO) diz que o vídeo mostra transparência no Ministério da Saúde e que desmonta a narrativa da oposição de que o governo não queria comprar vacinas. “Até agora, nenhuma proposta avançou sem que tivesse as condições mínimas preenchidas. Outro aspecto que este vídeo revela é que o controle interno no âmbito do Ministério da Saúde está funcionando bem: a proposta foi feita, todavia, não avançou. Toda essa narrativa acusatória contra o Ministério da Saúde e contra os atuais gestores. É lamentável que isto aconteça. Talvez eles estejam julgando o atual governo olhando para o retrovisor do tempo, imaginando os governos de Lula e Dilma, onde escândalos e corrupção aconteciam a todo tempo e em todos os lugares”, afirmou.


Fonte: Jovem Pan

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