‘Cumpri meu dever institucional’, diz Filipe Barros sobre divulgação de inquérito do TSE

Filipe Barros espera que o procurador-geral da República indique o arquivamento da investigação

A Procuradoria da Câmara dos Deputados concluiu que o deputado federal Filipe Barros (PSL) não cometeu crime ao divulgar parte do inquérito sobre supostos ataques ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) O posicionamento acontece após o parlamentar, assim como presidente Jair Bolsonaro, ser alvo de uma investigação, a pedido do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), por ter repassado informações sigilosas a outros deputados e ao chefe do Executivo. Para Barros, o parecer da Câmara representa uma manifestação institucional do Legislativo. “Reconhecimento de tudo que estava dizendo nos últimos meses: o inquérito não estava sob sigilo. Cumpri meu dever como relator de uma comissão especial, que aprovou as informações solicitadas e que chegaram à Câmara pelos meios oficiais. Portanto, cumpri com o meu dever institucional como parlamentar. Mais do que isso, significa que o inquérito que eu e o presidente Bolsonaro respondemos é abusivo e merece ser encerrado”, afirmou o parlamentar, durante entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News.

Com a posição da Câmara, Filipe Barros espera que o procurador-geral da República, Augusto Aras, responda ao questionamento de Alexandre de Moraes indicando o arquivamento da investigação. O deputado afirma que, embora o parecer não indique quais medidas devem ser tomadas, seus advogados já estudam opções. “Indica que o inquérito que eu respondo é abusivo, um inquérito em que há uma nítida perseguição política e, portando, abuso de poder. Minha defesa tem estudado quais medidas vamos tomar contra a delegada Denise, que foi selecionada a dedo pelo ministro Alexandre de Moraes”, afirmou.

Na visão de Barros, a abertura de uma investigação sobre esse suposto vazamento de informações sigilosas era apenas uma “cortina de fumaça” para esconder as dúvidas reais sobre possíveis ataques ao sistema eleitoral brasileiro. “Era uma cortina de fumaça para esconder as verdadeiras perguntas que deveriam ter sido feitas. O inquérito de 2018 nos aponta que uma das empresas terceirizadas apagou os arquivos que poderiam nos trazer informações de qual a extensão do ataque hacker de 2018 e se a eleição foi comprometida ou não”, mencionou o deputado.


Fonte: Jovem Pan

Comentários