Decreto de armas é ‘desejo da sociedade’ que elegeu Bolsonaro, diz Marcos do Val

Marcos do Val, que assume publicamente possuir armas de fogo, defende uma mudança no entendimento da sociedade sobre o armamento da população

O decreto de armas assinado pelo presidente Jair Bolsonaro na sexta-feira, 12, que amplia e facilita a compra de dispositivos e cartuchos, é fruto de um desejo da sociedade. A avaliação é do senador Marcos do Val (Podemos). Para o parlamentar, a decisão é democrática e representa um anseio da população que elegeu Bolsonaro. “Foi desejo da própria sociedade brasileira que o elegeu . Porque a sociedade quer ter o seu direito de defesa e escolheu esse presidente porque ele tinha essa bandeira. É um desejo da sociedade e é um desejo democrático. O decreto existe, ele faz essa prerrogativa e cabe a nós transformar em projeto de lei. Uma coisa não interfere na outra, é um processo democrático”, afirmou, demonstrando uma posição contrária de outros parlamentos, como o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos, que considera a decisão presidencial “parcialmente inconstitucional” por invadir uma competência que é do Legislativo.

Marcos do Val, que assume publicamente possuir armas de fogo, defende uma mudança no entendimento da sociedade sobre o armamento da população, seus objetivos e consequências. Segundo ele, o cidadão armado que é “seguidor da lei” vai sempre buscar os trâmites legais para aquisição, o que incluem teste psicológico, de habilidades, certificação e obtenção do histórico criminal. Enquanto isso, o “cidadão criminoso” vai continuar comprando armas em países “que vendem em feira”. “Essa noção é deturpada que está armando a criminalidade. Sempre tive arma, sempre conduzi com muito cuidado e assim você não vê o cidadão envolvido em criminalidade, exceto fatos isolados. De 500 mil CACs [registro para posse de arma de fogo] no país, se tiver é um fato ou outro isolado,  não pode dizer que é o comum. Temos que ter muito cuidado com esse tipo de pensamento para não generalizar para não achar que todo mundo que tem arma é criminoso”, disse ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, nesta segunda-feira, 15. O senador ressaltou ainda que o decreto assinado por Bolsonaro não vai flexibilizar o acesso ao armamento, mas sim tirar burocracias.


Fonte: Jovem Pan

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