Após receberem o chamado de um vizinho, em 20 de maio do último ano, policiais se deslocaram para checar uma possível ocorrência em um prédio situado na Avenida Francisco Prestes Maia, em São Bernardo do Campo. Ao entrar no local, os agentes se depararam com o delegado Paulo Francisco Muniz Bilynskyj caído, baleado e pedindo socorro. No imóvel de Bilynskyj, os policiais encontraram a modelo Priscila Delgado Barrios sangrando, inconsciente e com uma perfuração no peito. Ela chegou a ser socorrida, mas não sobreviveu. Paulo, por sua vez, se recuperou após três cirurgias. Após um ano de investigação, a Polícia Civil concluiu que o caso trata-se de uma tentativa de assassinato seguida de suicídio. Em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan, nesta sexta-feira, 11, o delegado Paulo revelou detalhes sobre a manhã na qual foi alvejado por seis tiros.
“Não existe um dia que eu não penso em tudo o que aconteceu. Nós estávamos juntos há dois meses, era um namoro recente, ela sofria de depressão desde os 14 anos, tomava medicação pesada e, infelizmente, eu não sabia”, disse. De acordo com a polícia, antes do crime, o casal havia discutido por ciúmes após Priscila ver uma mensagem de outra mulher no computador de Paulo. Enfurecida, a modelo teria atirado seis vezes no delegado e depois se matado com um tiro no peito. Na época, o caso policial chamou a atenção de todo o país.
“A última vez em que eu vi a Priscila viva, ela estava vestindo pijama e comendo uma tigela de cereal sentada no sofá. Eram sete horas da manhã. Eu disse: ‘Vou tomar banho porque tenho um evento, quando eu voltar nós vamos contratar uma empresa para fazer sua mudança’. Quando saí do banho, na hora em que abri a porta do banheiro, ela estava com a arma apontada na minha frente realizando os seis disparos e depois se suicidou. Ela não falou uma palavra”, lembrou. Questionado sobre o que teria motivado a modelo a cometer o crime, o ex-namorado analisou que não há explicações. “Depois de tudo isso, consegui conversar com a mãe dela e vários profissionais. Os psicólogos me explicaram que a ação foi totalmente baseada na emoção, na raiva do momento, não existia um racional por trás. Já que não existia um racional, não existe explicação”, concluiu.
Confira na íntegra a entrevista com o delegado Paulo Bilynskyj:
Fonte: Jovem Pan