Disparo de míssil com arma hipersônica em teste militar na China surpreende os EUA

Teste aconteceu em 27 de julho, mas as informações vieram a público em outubro, mostrando o domínio chinês sobre duas armas hipersônicas

Novas informações sobre um teste com uma arma hipersônica na China estão causando perplexidade – e preocupação – no Pentágono, nos Estados Unidos. O motivo é que, durante o experimento realizado em julho deste ano, um míssil teria sido disparado de uma aeronave em uma velocidade equivalente a cinco vezes a velocidade do som, uma conquista que nenhum outro país já conseguiu atingir. De acordo com informações do jornal Financial Times, divulgadas neste domingo, 21, o teste teria acontecido em 27 de julho, mas as informações sobre a tecnologia alcançada vieram a público em outubro, mostrando o domínio chinês sobre duas armas hipersônicas: um míssil manobrado e impulsionado por um motor e uma aeronave que plana, pode carregar ogivas nucleares e também disparar mísseis, atingindo cinco vezes a velocidade do som.

Com o conhecimento sobre o teste militar bem sucedido, especialistas dos Estados Unidos tentam entender como os chineses desenvolveram a tecnologia, assim como o propósito do míssil, que foi disparado sem um alvo óbvio próprio, antes de mergulhar nas águas do Mar do Sul da China. Parte dos especialistas acreditam que o projétil tem como finalidade disparar mísseis a partir do ar, enquanto outros entendem como um sistema de defesa para destruir mísseis e, com isso, não abater a arma hipersônica durante tempos de guerra.

A Casa Branca já demonstrou preocupação com o teste e um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional do país chegou a afirmar que o desenvolvimento da arma nuclear era preocupante para “todos os que buscam paz e estabilidade”. “Isso também aumenta nossa preocupação com as capacidades militares que a República Popular da China continua perseguindo”, afirmou na ocasião. O fato é tanto os Estados Unidos quanto a Rússia exploram armas hipersônicas nos últimos anos, mas o êxito do teste chinês mostrou que os asiáticos estão mais avançados na tecnologia.


Fonte: Jovem Pan

Comentários