Em meio à pandemia, cai admissão de pessoas com mais de 50 anos

Iniciativa 'Núcleo 50+' busca ajudar na reinserção dos mais experientes no mercado de trabalho

Isabel Mazon tem 57 anos e trabalha como ajudante de cozinha faz 12 anos. No mês de maio, por causa da pandemia, foi desligada do antigo trabalho. Com a ajuda da filha, Isabel foi em busca de uma nova oportunidade. Ela conta que depois de muitas respostas negativas, enquanto navegava pela internet, encontrou o que procurava. “Foi um alívio quando eles me chamaram, porque na pandemia com 57 anos arrumar um emprego é um alívio.  Então eu fiquei feliz”, conta. A ajudante de cozinha, foi contratada por uma empresa especializada em alimentação coletiva e criadora do “‘Núcleo 50+’”, programa responsável pela contratação de pessoas desempregadas, com idades entre 50 e 60 anos.

Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), de setembro de 2020, que retrata o mercado formal de trabalho, as contratações somaram quase 1,4 milhão. Mas a idade ainda é um fator crucial na hora da contratação de um candidato para uma vaga aberta e a chegada da Covid-19, enxugou, ainda mais, o mercado de trabalho para pessoas acima de 50 anos, parcela que inclui o “grupo de risco” para a doença. A crise reduziu a oferta de vagas para esse público e levou a demissões de quem ainda mantinha o emprego. Ainda segundo Caged, foram contratadas, 481.420 pessoas com menos de 25 anos. Entre 25 e 49 anos, esse número sobe para 817.824, entre 50 e 55, foram 47.252; entre 55 e 59, 23.588 e entre 60 e 64, foram 7.351. Enquanto 65 anos ou mais, esse número cai para 2.074.


Fonte: Jovem Pan

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