O secretário estadual da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, está confiante de que a vacinação, associada ao uso de máscaras de proteção, além de evitar aglomerações, será capaz de conter o avanço da variante delta. Já são três casos confirmados de transmissão local da cepa em São Paulo, encontrada pela primeira vez na Índia. Esses casos são identificados de forma aleatória em ações de rastreio nos testes confirmados. De acordo com Gorinchteyn, ficou clara a situação de transmissão comunitária — quando as pessoas que testaram positivo para a cepa não viajaram ao exterior e nem tiveram contato com viajantes. Entretanto, a situação é melhor do que a que era esperada. “Observamos dois aspectos: essas pessoas estão clinicamente muito bem. E, até o momento, pessoas do entorno delas não foram contaminadas. A apresentação dela tem sido diferente [do que em outros lugares].” Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, o secretário afirmou que, neste momento, a variante gamma é a mais prevalente em São Paulo.
Antigamente chamada de P1, ela é responsável por 94% das contaminações. Mesmo com o avanço da vacinação, a atenção é constante. “Estamos trazendo experiências de fora para estar por dentro e proceder nas expansões. Os países já vacinaram, mas tiraram, de forma precoce, o uso das máscaras em ambientes externos e internos. Isso faz com que tenhamos uma atenção muito maior.” O Estado de São Paulo pretende vacinar todas as pessoas maiores de 18 anos com pelo menos uma dose de vacina até o dia 20 de agosto. Depois, será a vez dos jovens entre 12 e 17 anos. Até o momento, mais de 30 milhões de doses já foram administradas na população. Isso representa 16% do Estado plenamente imunizado e 70% do público alvo protegido com pelo menos uma dose. “Ainda precisamos manter todas as normas, evitar aglomeração. Isso, sim, faz com que a associação da vacina e do uso das máscaras proteja.”
Fonte: Jovem Pan