Embaixadores se reúnem no Natal para iniciar ratificação ao acordo do Brexit

Após anos de indefinições, acordo comercial foi assinado por ambas as partes nesta semana

A rápida ratificação do acordo comercial pós-Brexit entre o Reino Unido e a União Europeia (UE) iniciou nesta sexta-feira, 25, dia de Natal, com embaixadores dos 27 países do bloco começando a avaliar o acordo que entra em vigor em uma semana. Em reunião excepcional, os representantes foram informados sobre os detalhes do projeto, com cerca de 1.250 páginas, pelo negociador-chefe do Brexit da UE, Michel Barnier. Os embaixadores devem se reunir novamente na segunda-feira, 28, e informaram aos legisladores do Parlamento Europeu que pretendem tomar uma decisão sobre a aplicação preliminar do acordo dentro de alguns dias.

Líderes da UE se mostraram aliviados pelo acordo firmado na quinta-feira, 24, sobre futuros laços comerciais entre as nações. Todos os Estados-membros devem apoiar o acordo – o Parlamento Europeu dará seu aval na primeira reunião de 2021, pois não pode mais se reunir neste ano. Os legisladores britânicos também foram convocados a ratificar o acordo em sessão que ocorrerá na semana que vem, com data a ser definida. Ambos os lados afirmam que o acordo dá garantia aos países e alcançou os objetivos.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse que o documento dá ao Reino Unido o controle sobre seu dinheiro, fronteiras, leis e áreas de pesca. A UE afirma que o acordo protege seu mercado único de cerca de 450 milhões de pessoas e contém salvaguardas para garantir que o Reino Unido não prejudique os padrões do bloco. Johnson saudou o acordo como um “novo começo” para o Reino Unido em seu relacionamento com os vizinhos europeus. No entanto, líderes da oposição, mesmo aqueles dispostos a apoiá-lo, pois consideram que esse acordo é melhor do que a falta de um, criticaram o documento. Eles disseram que o acordo acrescenta custos desnecessários às empresas e não fornece uma estrutura clara para o setor de serviços, que é crucial e responde por 80% da economia britânica.


Fonte: Jovem Pan

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