Fachin critica fake news ao tomar posse como presidente do TSE: ‘Justiça Eleitoral não se renderá’

TSE controla as eleições no Brasil e certifica os resultados

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin tomou posse como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta terça, 22, e o também ministro do STF Alexandre de Moraes assumiu como vice-presidente. Fachin substitui Luis Roberto Barroso, que finalizou seu mandato como presidente e como membro da corte. O mandato do novo presidente, no entanto, será curto: como o limite de um mandato no TSE é de dois anos e só pode ser renovado uma vez, Fachin concluirá o seu em agosto, quando deverá deixar o tribunal; Moraes se tornará o presidente e Cármen Lúcia passará a integrar a corte.

Ao elencar os desafios que terá que enfrentar na preparação para as eleições, Fachin definiu que o primeiro é proteger o processo. “O primeiro desafio é proteger e prestigiar a verdade sobre a integridade sobre as eleições brasileiras. Este Tribunal Superior Eleitoral tem indisputado histórico de excelência de organização e realização de eleições seguras; corpo técnico multitudinário capacitado; legitimidade constitucional e programa de combate à desinformação em pleno funcionamento”, destacou o novo presidente da corte.

Outro desafio seria proteger o legado da Justiça Eleitoral, e que será implacável na defesa da Justiça Eleitoral. “Calar é consentir. As investidas maliciosas contras as eleições constituem em si ataques indiretos à própria democracia, tendo em consideração que o circuito desinformativo impulsiona o extremismo. O Brasil merece mais. A Justiça Eleitoral brada por respeito e alerta: não se renderá. A desinformação não tem a ver somente com a distorção sistemática da verdade. A distorção vai além e conta com robôs e contas falsas, com disparos em massa, com a insistência calculada em dúvidas fictícias, bem ainda com as enchentes narrativas produzidas com a intenção de saturar o mercado de ideias”, completou o presidente da TSE, que também destacou a confiança nas urnas eletrônicas. Embora não cite diretamente o presidente Jair Bolsonaro, este trecho do discurso pode ser entendido como um recado ao mandatário que já levantou dúvidas sobre a segurança das urnas eletrônicas e disse, sem provas, que o primeiro turno da eleição de 2018 foi fraudado.

 


Fonte: Jovem Pan

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