Há pesquisadores na lista que nunca foram convidados para reuniões com o governo, diz cientista

Plano Nacional de Vacinação estabelece diretrizes para imunização prioritária contra a doença

Um grupo de pesquisadores brasileiros citados no  “Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19” do governo federal, publicou neste sábado, 12, uma nota declarando completo desconhecimento e estranheza quanto ao planejamento apresentado pelo Ministério da Saúde ao Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo os cientistas, identificados como colaboradores para a elaboração do texto, a proposta não tem aprovação dos especialistas, sendo que alguns, nunca chegaram a participar de reuniões com a pasta da saúde, explica a epidemiologista e professora da Universidade Federal do Espírito Santo, Ethel Maciel. “Alguns colegas que estão na lista nunca nem foram convidados para uma reunião, então isso é um pouco mais grave. Eu participei de várias reuniões com o Programa Nacional de Imunização, mas a nossa surpresa foi que não tínhamos visto o plano [antecipamente], em momento nenhum foi apresentado, nem para opinar ou elaborar”, relata em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan.

Segundo a epidemiologista, a maior ‘surpresa’ foi ver seu nome vinculado a um documento jurídico, entregue ao Supremo, sem aprovação ou, ao menos, conhecimento prévio sobre a proposta apresentada. “Eu, por exemplo, discordância dos princípios que estão ali. É muito complicado quando você vê o seu nome abaixo da palavra ‘elaboração’, dizendo que você produziu um documento que você critica e nem opinou se seu nome poderia estar ou não li. Foi o nosso maior incômodo e o sentimento de desrespeito” exlica. No sábado, logo após a divulgação pelo Ministério da Saúde, a cientista chegou a dizer, por meio de publicação no Twitter, que “25 anos de pesquisadora” nunca tinha visto situação parecida. “Nós, pesquisadores que estamos assessorando o governo no Plano Nacional de Vacinação da Covid-19, acabamos de saber pela imprensa que o governo enviou um plano, no qual constam nossos nomes e nós não vimos o documento. Algo que nos meus 25 anos de pesquisadora nunca tinha vivido!”


Fonte: Jovem Pan

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