‘Imunização é melhor forma de proteção contra super variantes da Covid-19’, diz fundadora da BioNTech

Ozlem Tureci é uma das fundadoras da BioNTech

Em coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira, 8, a Organização Mundial da Saúde convidou mulheres cientistas para falar sobre o papel feminino durante a pandemia do novo coronavírus no último ano. O diretor-geral da organização, Tedros Adhanom, apontou que a pandemia foi muito mais severa com elas do que com homens, já que cerca de 70% de todos os trabalhadores de saúde do mundo são do sexo feminino e muitas mulheres precisaram desistir de empregos para cuidar da família durante o período de isolamento social. Apesar das mulheres serem maioria nas equipes de saúde, ao redor do mundo, 95% das forças tarefas contra a Covid-19 são lideradas por homens. “Como um resultado disso, todos nós perdemos talento e experiências”, afirmou Roopa Dhatt, a diretora executiva Women in Global Health. Ela lembrou que países comandados por mulheres, como a Nova Zelândia, mostraram bons resultados contra a pandemia no mundo e disse que a falta de protagonismo das mulheres durante a pandemia fez com que serviços essenciais de saúde, como o da saúde reprodutiva, fossem deixados de lado. “A Covid-19 não discrimina, mas a sociedade sim”, afirmou.

Uma das responsáveis pelo desenvolvimento da vacina de Oxford contra o vírus, a professora Sarah Gilbert reforçou a informação de que mulheres são pouco representadas em cargos de liderança e lembrou que isso deve ser levado em consideração no futuro. “Há preocupações de que a pandemia cause mais efeito nas carreiras e nas vidas de homens do que de mulheres, e isso não deve ser negligenciado quando nós estivermos fazendo planos de retomada”, afirmou. A responsável por uma das primeiras vacinas com uso emergencial permitido no Brasil lembrou da importância de monitorar o vírus e aplicar medidas restritivas que reduzam a disseminação da doença enquanto todas as pessoas não estiverem imunizadas.


Fonte: Jovem Pan

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