Milhares protestam contra bloqueio de estradas, vandalismo e paralisação na Colômbia

Jovem discute com idosa que participava de passeata pedindo o fim da greve geral na Colômbia

Milhares de pessoas foram às ruas neste domingo, 31, para protestar contra as manifestações que estão acontecendo na Colômbia desde o fim de abril e resultaram em atos de vandalismo, bloqueio de estradas e paralisação nacional. A marcha foi convocada pelo Centro Democrático, partido do presidente Iván Duque. Vestidas de branco e carregando bandeiras colombianas, essas pessoas pediam por um país livre “dos traficantes de drogas, da Farc e da esquerda” e também expressaram apoio às forças de segurança, que têm sido duramente criticadas pela comunidade internacional pelo uso desproporcional de força para reprimir manifestantes, que teriam levado a mortes, lesões e até agressões sexuais. A diferença de idade foi notória entre as manifestações deste domingo e as dos dias anteriores, quando milhares de jovens tomaram as ruas para protestar contra a profunda desigualdade, a falta de emprego e oportunidades.

Preocupação internacional

O Escritório do Alto Comissário da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos recebeu relatórios que indicam que 14 pessoas morreram e 98 ficaram feridas – 54 a tiros – em Cali na sexta-feira, 28. “Estes fatos são muito preocupantes após o progresso que estava sendo feito para resolver a revolta social através do diálogo”, disse a alta comissária, Michelle Bachelet, que pediu uma investigação sobre todos que causaram mortes ou feriram outros, incluindo agentes do Estado, e que sejam punidos de acordo com sua responsabilidade. A polícia reconheceu a presença de civis que “utilizaram armas de fogo indiscriminadamente contra outras pessoas” e garantiu que investigará os agentes que estavam presentes e “omitiram seu dever de evitar que esses fatos ocorressem e de capturar essas pessoas”.


Fonte: Jovem Pan

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