‘Milícia não vai construir mais porcaria nenhuma nessa cidade’, diz Paes após queda de prédio

Prefeito do Rio afirmou que equipes do município atuam diariamente para coibir construções irregulares

Prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes afirmou nesta quinta-feira, 3, que não deixará que grupos criminosos façam obras no munícipio. Em visita ao local onde um prédio desabou nesta madrugada e matou um pai e uma filha, em Rio das Pedras — área dominada por milicianos —,  Paes afirmou que o Executivo municipal tem atuado todos os dias para coibir as construções irregulares. “Comigo, milícia não vai mais construir porcaria nenhuma nessa cidade. Estamos demolindo permanentemente e a gente tem o desafio de cuidar do passivo”, afirmou. Segundo o prefeito, apenas nesta semana, três operações visaram combater a exploração de imóveis por grupos criminosos. “A gente vai agir sempre com firmeza. Nem milícia, nem traficante, nem delinquente se sobrepõe ao poder do Estado.”

Defesa Civil do Rio de Janeiro confirmou a morte de um homem e uma menina de dois anos, pai e filha, que estavam soterrados nos escombros de um prédio que desabou em Rio das Pedras, na Zona Oeste do município, por volta das 3h20 da madrugada. Ao todo, seis pessoas foram atingidas pela queda do prédio. A princípio, duas mulheres, de 28 e 38 anos, e um homem de 29 anos foram levados ao Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca. Os três passam bem e dois deles já receberam alta. Pouco após às 9h, uma mulher que se comunicava com os bombeiros de dentro dos escombros foi socorrida de helicóptero para o Hospital Miguel Couto, no Leblon.

O prefeito afirmou que as obras irregulares fazem parte “da realidade da cidade” e que o poder público precisa encontrar soluções para as famílias que moram nessas regiões. “Não vamos retirar todas as casas, de todas as favelas e comunidades do Rio. O que se tem que fazer é olhar essas áreas com mais risco, olhar essas construções para tentar produzir melhorias habitacionais”, afirmou.  O motivo da queda do edifício ainda não foi identificado pelas equipes, mas, segundo apuração da Jovem Pan, há suspeitas de que o prédio seja uma construção irregular da região, controlada por milícias. Em 2019, dois prédios desabaram na Muzema, também na zona oeste, e 24 pessoas morreram.


Fonte: Jovem Pan

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