O Ministério da Saúde informou à CPI da Pandemia que deve parar de utilizar a vacina CoronaVac, de origem chinesa e produzida no Instituto Butantan em São Paulo, no Plano Nacional de Imunização em 2022. Entre as justificativas da pasta, foram citadas a ausência de um registro definitivo na Anvisa (a vacina é aplicada com uma permissão emergencial), a baixa efetividade em idosos e a não utilização como dose de reforço. “A razão sobre a possível descontinuidade da vacina CoronaVac no ano de 2022 está diretamente relacionada com condição de sua avaliação pela Anvisa. Até o presente momento a autorização é temporária de uso emergencial, que foi concedida para minimizar, da forma mais rápida possível, os impactos da doença no território nacional”, afirma o Ministério em documento assinado por Danilo de Souza Vasconcelos, diretor de programa da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 e Rosana Leite de Melo, titular da Secretaria.
“Além do fato de estudos demonstrarem a baixa efetividade do imunizante em população acima de 80 anos; discussões na Câmara Técnica que não indicaram tal imunizante como dose de Reforço ou Adicional- conforme NT Técnicas SECOVID, assim, no atual momento, só teria indicação como esquema vacinal primário em indivíduos acima de 18 anos. Há estudos em andamento que sinalizam que mesmo usando em esquema vacinal primário há que se considerar uma terceira dose”, completa a nota. Estudo publicado em 21 de maio pelo grupo Vaccine Effectiveness in Brazil Against COVID-19 (Vebra Covid-19), que reúne pesquisadores brasileiros e estrangeiros da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Instituto Global de Saúde de Barcelona, apontou que a efetividade da CoronaVac cai em faixas etárias mais avançadas: entre 70 e 74 anos, fica em 61,8%; entre 74 e 79 anos, em 49% e, acima dos 80 anos, 28%.
Fonte: Jovem Pan