Ministério da Saúde fará campanha por ‘uso racional’ de oxigênio em hospitais, diz Queiroga

Queiroga participou de audiência na comissão temporária do Senado que acompanha o combate à Covid-19

Em meio à alta de internações e a iminente falta de oxigênio em hospitais de várias regiões, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que pretende fazer uma campanha pelo que chamou de uso “racional” do insumo nos hospitais. Queiroga participou de audiência na comissão temporária do Senado que acompanha o combate à Covid-19. Segundo Queiroga, o governo está negociando aumento na produção e fazendo parcerias para ajudar no transporte entre os Estados. “O principal problema é levar o oxigênio até o destino. Esse oxigênio ele geralmente é levado em caminhões tanque. A capacidade do Brasil, de caminhões, não é uma capacidade elevada. É a que existe para suprir o mercado brasileiro em condições normais, não para suprir o Brasil em uma condição pandêmica. Todos sabemos que muitas pessoas chegam aos hospitais e, às vezes, a primeira providência é colocar o oxigênio nasal em quem não precisa. Vamos tentar economizar.”

Queiroga espera receber em até 15 dias medicamentos da Organização Pan-Americana de Saúde usados para intubar pacientes. O ministro da Saúde manifestou preocupação com uma possível queda no distanciamento social na Páscoa, sobrecarregando ainda mais o sistema de saúde. Ele reiterou a importância do uso de máscara, recomendou que as pessoas evitem aglomerações e afirmou que medidas restritivas devem ser adotadas localmente. “Se todos os brasileiros usassem máscaras, nós teríamos um efeito quase igual o da vacinação. Usar máscara é uma obrigação de todos os brasileiros. Evitar aglomerações fúteis, a gente assiste festas.” O posicionamento foi elogiado pelos senadores. Marcelo Queiroga reforçou ainda a meta de vacinar um milhão de brasileiros por dia ainda no início de abril e disse que a previsão “está prestes a ser atingida”. Ele admitiu, no entanto, que o Ministério da Saúde ainda terá dificuldades na distribuição das doses necessárias caso queira acelerar a vacinação.

“O Brasil, através de contratos com diversas farmacêuticas, já providenciou 535 milhões de doses da vacina. Sendo que as duas industrias que provém o maior porte de vacinas são o Instituto Butantan e a Fiocruz. Qual nosso problema imediato? Vacina nesses três meses que se seguem para conseguirmos atingir a meta de vacinação.” Sem muitos detalhes, o ministro afirmou ter conversado com o embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Nestor Forster, para verificar a possibilidade de uma “permuta” com o país norte-americano para antecipar a chegada de doses ao Brasil.


Fonte: Jovem Pan

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