Ministério da Saúde quer iniciar pesquisa com remédio que reduziria mortalidade da Covid-19 em 90%

Segundo secretário, testes com o remédio foram realizados durante ápice da Covid-19 em Manaus

O presidente Jair Bolsonaro convidou para a live desta quinta-feira, 8, o secretário nacional de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Helio Angotti, que falou sobre a proxalutamida, medicamento que teria sido desenvolvido em Manaus por pesquisadores brasileiros e norte-americanos para auxiliar no tratamento de pacientes com Covid-19. “A vacina é uma coisa para prevenir. Depois de contrair o vírus, tem que buscar medicamento”, disse o presidente. Segundo o secretário, a droga foi pesquisada em um dos momentos mais graves da crise da Covid-19 em Manaus e se mostrou promissora. “Os resultados mostram que, em pacientes graves, ela reduziu a chance de mortalidade de 47,6% para 3,7%. Isso foi anunciado pelos pesquisadores lá. Isso representa uma queda de mortalidade de 92% e também reduziu o número de dias de internação, que caíram de 14 para cinco dias. Isso tudo se encaixa naquele esforço que é integral, o cuidado integral com quem tem Covid”, afirmou.

De acordo com Angotti, que citou que os dados haviam sido divulgados recentemente, o governo aguarda a publicação dos resultados da pesquisa realizada em Manaus; há outro estudo em fase 3 no momento nos Estados Unidos e a Comissão Nacional de Ética e Pesquisa do Brasil avalia a possibilidade de uma nova pesquisa no Brasil. “Temos aí uma iniciativa da Fiocruz para levar material à Anvisa e submeter os dados, inclusive, pensar em uma pesquisa ampliada em fase 3, dentro dos parâmetros rigorosos da Anvisa, com toda a sua excelência técnica, até para obter uma autorização emergencial. O nosso objetivo é, provando todo esse benefício, dar acesso o quanto antes à população brasileira”, disse. Questionado pelo apresentador Vitor Brown, do programa Os Pingos Nos Is”, sobre o andamento dos trâmites no Brasil para a legalização do spray nasal desenvolvido em Israel contra formas graves da doença, o secretário lembrou que ele ainda está na primeira fase de pesquisas e precisa ser testado em uma escala maior de pacientes.


Fonte: Jovem Pan

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